Quando é verdade que se está louco?
Não poderá uma loucura ser mesmo o Posto de onde finalmente se vê?
O estado de falsa insanidade mental é deplorável. Querer ser louco pode também ser um sinal de loucura, pois as frustrações que daí surgem hipoteticamente levarão à demência, à doce e agradável demência, à Verdade.
Quando se atinge a ambicionada loucura encontra-se a pureza do espírito, alheio às futilidades que o rodeia. A alma torna-se um palco, uma peça de teatro criticada pela indiferença. O espírito é, assim, o observador perfeito da realidade, do que está além da aparência, atrás do olhar, felino ou não, oco ou não.
Não saber que se está louco sendo, é a alma de tudo que terá de ser elogiado, o elogio demente. O louco vê as pessoas como um cego as ouve. As pessoas gostariam de ser dementes, mas como não o são, como não se aceitam assim (tal como a sociedade) condenam tal heresia, remetendo-os à vida privada de felicidade social. Antigamente um esquizofrénico era queimado vivo numa fogueira pela Inquisição por se achar que estava possuído. Apesar de ser uma loucura mais aparente e física, confirma a não aceitação da sociedade do que é diferente. Deixem-nos andar com um olho de vidro!
2 Comments:
Nao ... de modo algum ...
Não me parece .
Mas vejo o teu ponto de vista .
De genios e de loucos , todos um pouco .
Catia ?
loucura é formosura, e o resto é conversa.
há na loucura uma certa lucidez. amarga.
dá-lhe. é um prazer.
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